Não deixe de ler essa ótima análise do Brian Balfour sobre o futuro dos profissionais de marketing, em especial no que diz respeito à necessidade de especialização. Trecho:
“Para crescer na carreira, a coisa mais importante é o impacto que você é capaz de criar. Quanto maior um problema, maior o impacto necessário para resolvê-lo. Do ponto de vista de uma empresa, problemas simples podem ser resolvidos por generalistas. Mas, à medida que a empresa escala, a complexidade dos problemas aumenta, e a tendência é a de que ela substitua generalistas por especialistas.”
Nossa impressão é a de que o mercado brasileiro ainda está no meio do caminho: a maioria das equipes de marketing ainda é formada por generalistas.
Vale recuperar um pouco do histórico sobre essa discussão. Há dez anos já se falava em “profissionais híbridos”, mas os requisitos técnicos exigidos eram básicos. O impacto de blogs e mídias sociais nas empresas ainda era recente.
Ser um usuário avançado de ambos costumava bastar. O resto se aprendia (ou se inventava, no melhor sentido da palavra) na prática. Essa foi a escola de toda uma geração de profissionais do que nos acostumamos a chamar de marketing digital.
Não mais. Hoje é difícil pensar em alguma rotina da área de marketing que dispense o uso de uma ou mais tecnologias que exijam um nível mínimo de especialização. Planejamento, lançamento e execução de campanhas, análise de dados, criação e otimização de canais e conteúdo, personalização, integrações, relatórios… tudo passa por algum tipo de ferramenta especializada.
Isso para não falar de conhecimento específico que vai além de ferramentas, ou seja, coisas como gestão de projetos, métodos ágeis, colaboração com stakeholders internos (demais áreas da empresa, por exemplo) e externos (clientes, comunidades), coordenação de fornecedores (agências, plataformas).
Dada a variedade e complexidade desses requisitos, o caminho da especialização parece irreversível. É o que também sugere uma experiência que feita pelo Scott Brinker, do site Chief MarTech.
A idéia do Scott era criar um modelo para entender a evolução do profissional de marketing à luz dos desafios técnicos da área, usando dois eixos para situar diferentes funções e requisitos técnicos.
O primeiro é o da orientação a processos versus tecnologia. O segundo é o da orientação interna versus interna. Depois de alguns rascunhos (e muito feedback), a primeira versão “oficial” ficou assim: